Prólogo


“Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de se decepcionar é grande.” “As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as delas.”
            Trechos do poema “Borboletas”, Mario Quintana.

            


Da janela do meu quarto tenho a visão privilegiada da lua cheia, o reflexo do seu brilho banha o rio, sinto que o vento frio invade minha alma, querendo me dar respostas para o que eu realmente sinto. Solidão talvez seja a resposta mais sábia, entretanto não é a resposta correta. Dirijo-me até a minha cômoda e vejo meu reflexo no espelho, não é tão lindo quanto o reflexo da lua sobre rio, pois eu não sei exatamente quem eu vejo através daquele vidro. Uma pessoa que está com cinco quilos a menos, com olheiras que divulgam más noites de sono e cabelo que provavelmente nunca recebeu a visita de um pente. Enfim, esta sou eu, em busca de algo que me faça sorrir, ou pelo menos tentar. Gostaria que o sono me fizesse uma visita, pois ultimamente insônia e eu somos melhores amigas, ao contrario da fome que também poderia aparecer, ou quem sabe algum amigo, se é que ainda tenho algum por aqui. Sinto-me só, pagando por um erro que não cometi, sofrendo desprezo das pessoas que diziam me amar e estar sempre ao meu lado. Nem mesmo Richard, que dizia ser meu melhor amigo acreditou em minhas palavras. Definitivamente as coisas poderiam ter sido diferente, mas o destino quis assim, e eu não posso mudar.

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